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É possível aprender a empreender?

Publicado em 23/09/2022

Escrito por: Comunicação Atitus

Engana-se quem pensa que empreender é apenas para aqueles com talento nato. As habilidades que compõem esse perfil podem, sim, ser desenvolvidas e otimizadas

É comum que a palavra empreender seja associada ao ato de gerir um negócio, mas, ao contrário do que muitos pensam, o conceito vai muito além disso.

Isso porque empreender congrega uma série de atitudes. Nas palavras do professor Amilton Martins, refere-se muito mais ao comportamento humano do que a efetivamente a abrir uma empresa.

“Os empreendedores de fato são aqueles que buscam resolver problemas de forma criativa, criar soluções, conectar pessoas, buscam correr riscos... E você pode abrir uma empresa sem fazer nada disso, mas ela não ficará muito tempo aberta”, observa.

60% das empresas fecham as portas em cinco anos, segundo dados do IBGE (2019).

O motivo não pode ser atribuído a um único fator, mas sabe-se que a falta de habilidades empreendedoras, geralmente, está presente em muitos casos. Por conta disso, há quem diga que negócios não fracassam; pessoas, sim.

“O empreendedor é uma pessoa que tem a visão da melhoria contínua, da descoberta, da pesquisa, do estudo e de conectar pessoas para resolver problemas no cotidiano do mundo real”, considera Amilton, facilitador da disciplina de Empreendedorismo na Atitus.

Se a capacidade de empreender depende de habilidades e comportamentos, vale lembrar que nem sempre essas características são natas. A boa notícia é que é possível aprender a empreender.

COMO IDENTIFICAR UM BOM EMPREENDEDOR

Antes de partir para o próximo passo em busca de desenvolvimento, é importante que você saiba reconhecer se é um bom empreendedor.

Para esclarecer, o professor lembra do termo serendipidade. Do inglês serendipity, a palavra foi cunhada em 1754 pelo inglês Sir Horace Walpole, para definir o ato de fazer descobertas positivas ao acaso. Esse acaso, porém, é resultado da união de fatores como conhecimento e oportunidade.

“Às vezes, falam que o empreendedor tem sorte, mas não é sorte, é serendipidade. Ou seja, o empreendedor se prepara, estuda, é o primeiro a chegar e o último a sair, coloca energia pessoal e mobiliza redes de contatos para tocar o seu negócio e resolver um problema”, explica Amilton.

Para o diretor do Wadhwani Entrepreneur América Latina, Leandro Costa, dois fatores devem ser facilmente identificados em um bom empreendedor.

“O primeiro é o alto nível de dedicação e paixão. Segundo, ele tem um propósito muito claro, que tem esse resultado de trazer um impacto socioeconômico e ambiental, portanto, pensando no desenvolvimento”.

De acordo com o professor Amilton, existem várias competências que formam o perfil do empreendedor, mas algumas se destacam:

Atenção às oportunidades - o bom empreendedor está sempre com o radar de oportunidades ligado. Seja na fila do banco ou no restaurante, é capaz de identificar necessidades não atendidas e buscar meios para solucioná-las. Alto nível de exigência - Se você gosta de qualidade no que faz, busca o melhor e não aceita o meio termo, apenas as coisas feitas da melhor forma possível, saiba que essa é uma das características recorrentes no perfil de quem empreende.

Persistência - Na sua jornada, você vai ouvir muito mais ‘não’ do que ‘sim’. Isso significa que você pode levar anos defendendo a mesma ideia, recebendo portas fechadas até que encontre o espaço e o modelo adequado para que ela prospere. Por isso, autoconfiança e persistência são essenciais.

Eterno aprendiz - Para o empreendedor, a busca por conhecimento e desenvolvimento é uma constante, não importa em que fase seu negócio esteja.

Movido a metas e objetivos - É preciso saber onde quer chegar, estabelecendo metas e objetivos. Gostar de desafios e contestar suas próprias ideias a fim de validá-las.

Sociabilidade - Deve ser alguém que preza pelos relacionamentos, que aprecia as boas conversas e entende a importância de criar redes de contatos.

COMO DESENVOLVER HABILIDADES EMPREENDEDORAS

Se você acha que ainda não tem o perfil, saiba que ainda pode se desenvolver como empreendedor. Afinal, as pessoas que já têm essas características também precisaram desenvolvê-las um dia, mesmo que isso tenha acontecido desde a infância.

“Estamos falando de competências que são aprendidas, desenvolvidas, ampliadas e potencializadas com estudo, práticas e trocas com colegas. Todas podem ser desenvolvidas, existem técnicas de otimização, níveis de desenvolvimento e todos começam com níveis mais baixos”, pontua Amilton.

Para otimizar suas habilidades, a busca por conhecimento pode acontecer desde por meio de cursos até de trocas informais. Fundamental é manter a curiosidade ativada.

Outra alternativa é buscar um mentor, alguém com mais experiência na área e que você admire, ou grupos de pessoas que debatam um determinado tema, procurando aprender juntas.

Seja através de formação, de experiências, de momentos de aprendizagem e troca, a bagagem mais importante nessa jornada está no querer fazer.

“Empreendedorismo diz muito respeito a atitude também. Não é só saber fazer, mas querer fazer”, enfatiza Amilton. Pensamento semelhante tem Leandro, que destaca a necessidade de ter consciência das adversidades que envolvem o processo de empreender.

“Não consigo pensar em nada que faça mais diferença na jornada do empreendedor do que a força de vontade, porque ele vai ter que lidar com incertezas, com ambiguidades, com colaboração - porque não vai saber de tudo.” Dentre todos os obstáculos que envolvem essa jornada, o mais temido, e, talvez, mais desafiador, seja o erro. O fato é que errar faz parte do processo e não há como chegar ao sucesso sem superá-los.

“Uma das coisas que mais impede o brasileiro de ser empreendedor é o medo de falhar. A minha dica é pensar que o tempo todo você não está só empreendendo, mas está aprendendo também”, sugere Leandro.

EMPREENDER NA PRÁTICA

Com dupla formação em Arquitetura e Urbanismo e Odontologia, Eduardo Klück Picon empreende há nove anos no ramo odontológico.

Na arquitetura, é especialista em georreferenciamento de imóveis com ênfase em planejamento urbano. Já na odontologia, especialista em prótese dentária pela Atitus, com ênfase em planejamento digital. Como ele mesmo define, sua vida é planejar - como urbanista, novos espaços urbanos e, como dentista, novos sorrisos. “A vida está me ensinando a empreender, apesar de que demorou um pouco para que eu aprendesse como se faz isso”, reconhece.

Para ele, ter uma empresa não é algo simples, e exige uma busca constante por evolução. “Um empreendedor tem que ser dinâmico, assim como é o mercado”, considera.

Nesse sentido, Eduardo acredita que deve-se manter a visão atenta para as novas tendências de comunicação e marketing, de perfil dos consumidores, de fatores políticos e econômicos, entre outros aspectos. “É fundamental interpretar os tantos elementos envolvidos e enxergar as oportunidades”, ressalta. Adaptação, resiliência para lidar com os desafios e senso de oportunidade são outros fatores que acompanham o empreendedor na sua trajetória.

“Estamos vivenciando um dos maiores desafios para um empreendedor. Um período totalmente atípico, adverso a quase tudo que já se passou em toda a história da humanidade. Muitas portas estão se fechando, muitas vidas estão sendo perdidas, mas temos que ir em frente e vencer. É preciso perceber as janelas que se abrem à nossa volta”, conclui.

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