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Cidades resilientes são pauta de evento da Escola Politécnica

Publicado em 31/07/2024

Escrito por: Bárbara Born

O evento contou com palestras de renomados arquitetos de todo o país

Cidades resilientes são aquelas que têm a capacidade de se adaptar e se recuperar de desafios e adversidades, como desastres naturais. Para discutir esse conceito no contexto do Rio Grande do Sul, a Escola Politécnica da Atitus Educação promoveu mais uma edição do Tech Talks, na última quinta-feira (25), em formato online.

O evento contou com palestras de renomados arquitetos do país, como o docente da Universidade Federal do Ceará (UFC), Newton Célio Becker de Moura, a docente da Universidade Federal da Bahia (UFBA), Camila Gomes Sant'Anna, a docente da Atitus, Dra. Grace Tibério Cardoso, e como moderador o administrador e docente da Atitus, Lauro André Ribeiro.

Grace abriu o evento apresentando os impactos das enchentes no RS. Ela revelou que, dos 497 municípios gaúchos, 463 foram afetados, atingindo mais de 2 milhões de pessoas. “Esses dados mostram a vulnerabilidade de todo o Estado. O poder público não está preparado em relação a enchentes, inundações e alagamentos, não há planos de contingência. É preciso pensar não apenas na resiliência da cidade, mas também na inteligência para as informações chegarem até as pessoas em momentos como esse”, ressaltou.

Já Camila, arquiteta e docente da UFBA, abordou a construção de cidades resilientes e sustentáveis. “Para construir a resiliência das cidades é preciso que o desenvolvimento urbano esteja em consonância com os processos naturais, o que não vem acontecendo”. Por isso, ela explicou que quando se trata de infraestrutura é preciso pensar em conforto técnico, mobilidade, drenagem, biodiversidade, qualidade de vida, entre outros aspectos.

Arquiteto e docente da UFC, Newton compartilhou insights da sua entrevista com o arquiteto paisagista de Pequim, Kongjian Yu, realizada em 2016 durante visita a Xangai. Kongjian é pioneiro do conceito “cidades esponja” que visa transformar áreas urbanas em espaços que absorvem e drenam a água da chuva de forma natural. O arquiteto paisagista destacou que suas ideias, agora consideradas inovadoras, foram pensadas há 20 anos, quando ainda era fazendeiro.

Sobre o conceito de cidades-esponjas, ele alertou que se as intervenções continuarem sendo pontuais vão funcionar muito localmente e não irão alcançar o resultado desejado. O professor mencionou que em Xangai está sendo criado o Ministério das Águas, buscando transformar o conceito em política pública.

Clique aqui para conferir todo o evento.

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