Mulheres predominam na Escola do Agronegócio da Atitus
Publicado em 06/11/2024
Escrito por: Bárbara Born
Agronomia e Medicina Veterinária, somados, tem 67% de mulheres em sala de aula e são coordenados por duas gestoras
Assim como a presença de mulheres no comando de propriedades rurais aumentou nos últimos anos, elas também já se sobressaem nas salas dos cursos de Agronomia e Medicina Veterinária. E a Escola do Agronegócio da Atitus Educação é um bom exemplo do avanço feminino nas atividades agropecuárias, assim como do mercado de trabalho voltado ao agro como um todo.
Na Escola do Agronegócio da Atitus, Dâmaris Hansel, doutora em Engenharia Agronômica, e Suyene Oltramari de Souza, doutora em Ciências Veterinárias, são responsáveis pela formação de um número significativo de mulheres que entram no mercado de trabalho ou que farão a sucessão familiar nas propriedades rurais. Dâmaris coordena o curso de Agronomia e Suyene o de Medicina Veterinária – graduações em que as mulheres representam atualmente 67% dos estudantes. O percentual é superior à média nacional, de acordo com dados do Ministério da Educação.
Dâmaris Hansel é coordenadora do curso de Agronomia e Suyene Oltramari de Souza de Medicina Veterinária
O Censo da Educação Superior de 2022 informa que as mulheres representaram 52,4% nos cursos de Agricultura, Silvicultura, Pesca e Veterinária. A Escola do Agronegócio ainda conta com duas mulheres no seu Conselho Consultivo: Maria Pilar Varela Sepúlveda, executiva de transformação digital com passagens por grandes companhias do agronegócio mundial e Elizana Baldissera Paranhos, agricultora de São Paulo, que já integrou a lista brasileira de mulheres mais relevantes do agro, elaborado pela Forbes.
De acordo com Dâmaris, o número de agrônomas e produtoras rurais tem aumentado significativamente, e elas agora ocupam posições de destaque em cargos comerciais, técnicos e de gestão em grandes empresas, além de contribuírem na pesquisa e na educação agrícola. "A presença das mulheres no campo, tanto como agrônomas quanto como gestoras de propriedades, tem crescido de forma expressiva. Elas estão assumindo posições de liderança e desafiando preconceitos históricos", ressalta Dâmaris.
Suyene ressalta que no Brasil, o agronegócio é um dos pilares da economia, e as mulheres têm conquistado cada vez mais espaço. No curso de Medicina Veterinária da Atitus é crescente o número de mulheres que buscam a graduação para atuar na área de produção animal, agroindústria entre outros. Com 76% das estudantes sendo mulheres, o curso reflete não apenas a mudança no perfil dos alunos, mas também do corpo docente, onde o número de professoras tem crescido substancialmente. Ela acredita que dar visibilidade ao trabalho das mulheres no campo através de cases de sucesso seja uma forma de inspirar suas alunas e que a academia tem um papel importante na inserção das mulheres no Agronegócio.
Dâmaris e Suyene concordam que as mulheres se destacam pela capacidade de gerenciar inúmeros projetos, pela liderança colaborativa, resiliência e busca de aprendizado e atualizações constantes. O diretor da Escola do Agronegócio, Deniz Anziliero, destaca que Dâmaris e Suyene foram convidadas a assumir os cargos pela ampla e reconhecida carreira em suas áreas. Ele ressalta que essa escolha também representa um reconhecimento legítimo ao avanço das mulheres nas atividades rurais como um todo. Suyene já atuava como professora na Atitus e foi convidada a assumir a coordenação do curso por mérito e por progressão interna.
Dâmaris foi selecionada após prospecção no mercado. “Nós buscávamos profissionais com passagem por grandes empresas e encontramos na Dâmaris esse requisito e outras experiências relevantes que também eram fundamentais para o cargo. Desde o início gostaríamos de ter uma mulher nessa posição e conseguimos isso ao encontrar na professora Dâmaris toda a qualificação desejada”, relata Anziliero.