Onde buscar ajuda para recuperar o seu negócio
Publicado em 14/06/2024
Escrito por: Comunicação Atitus
Através de ferramentas e programas disponíveis é possível minimizar os prejuízos
O Rio Grande do Sul tem enfrentado sérios prejuízos devido às enchentes que assolaram o Estado no último mês. O setor empresarial foi um dos mais atingidos, com suas estruturas danificadas e a perda de documentos, estoques e equipamentos. Além dos danos à infraestrutura, empresas tiveram suas atividades interrompidas, ficando inviabilizadas temporariamente.
Segundo levantamento preliminar da Federação do Comércio de Bens e Serviços do Estado (Fecomércio-RS), as empresas gaúchas acumulam até R$10 bilhões em perdas de ativos em razão das enchentes desde o fim de abril. A entidade aponta que são cerca de 33 mil estabelecimentos diretamente afetados pelos alagamentos nos setores de comércio, serviços e indústria.
O docente do curso de Mestrado da Atitus Educação, Diego Gazaro, explica que a reestruturação e recuperação desses negócios envolve várias etapas e demanda planejamento, organização e a busca ativa por recursos, apoio e diferentes formas de auxílio. “Através de ferramentas e programas disponíveis é possível minimizar os prejuízos e iniciar o processo de reestruturação de maneira mais eficaz”, destaca.
Para que esses negócios possam se reestruturar e recuperar o mais breve possível, podem ser seguidas algumas etapas:
Avaliação dos Danos: O primeiro passo é realizar um levantamento detalhado dos danos materiais, incluindo equipamentos, estoques, estrutura física e documentos. Para auxiliar neste processo, o SEBRAE lançou o “SEBRAEtec Supera”, consultoria para recuperação dos espaços físicos, com reembolso de até R$15.000 para os reparos. Clique aqui para mais informações.
Plano de Recuperação: Desenvolva um plano de recuperação com prazos e metas específicas. Priorize as ações essenciais para o funcionamento do negócio, como reparos estruturais urgentes e reposição de estoque crítico.
Renegociação e Comunicação com Clientes e Fornecedores: Busque bancos e outras instituições para renegociar as suas dívidas. Mantenha os clientes informados sobre a situação e os planos de recuperação. Além disso, negocie prazos e condições especiais com fornecedores para garantir a continuidade do abastecimento.
No dia 29 de maio, o Governo Federal lançou uma linha de financiamento com o objetivo de ajudar empresas de todos os tamanhos. Essa linha de crédito tem até R$15 bilhões em recursos. Isso significa que as empresas podem solicitar empréstimos para comprar máquinas e equipamentos, adquirir serviços - por exemplo, contratar consultorias ou treinamentos para a equipe - e financiar empreendimentos, como obras, expansões ou outros projetos importantes para o negócio.
Qual é o limite por operação? Os valores variam de R$300 milhões. Haverá, ainda, crédito para capital de giro emergencial, com limite de R$50 milhões para micro e pequenas empresas e R$400 milhões para grandes empresas.
Além disso, as cooperativas de crédito também passam a operacionalizar o Programa Nacional de Apoio às Microempresas e Empresas de Pequeno Porte (Pronampe), o qual é operado pelo Banco do Brasil e pela Caixa Econômica Federal, e tem R$ 890 milhões dedicados para estas operações no Estado. Com isso, as empresas conseguem pegar financiamentos a juro zero.
Linhas de Crédito, Renegociação de Dívidas e Isenções BNDES: O BNDES aprovou a suspensão temporária de pagamentos, bem como o alongamento do prazo de amortização dos empréstimos para clientes de cidades atingidas pelo desastre natural no Rio Grande do Sul. Além disso, o banco também ampliou o acesso ao crédito para micro, pequenas e médias empresas, com um valor total próximo a R$ 5 bilhões, no Programa, oriundos de aporte no fundo FGI PEAC Crédito Solidário RS.
O BNDES também permitirá a renegociação de operações de crédito rural para empresas localizadas nos municípios com decretação de situação de emergência ou de estado de calamidade pública e prorrogou o prazo de embarque de exportações.
Financiadora de Estudos e Projetos (FINEP): aprovou nova linha de crédito, no valor total de R$1,5 bilhão, à taxa TR+5%, para empresas do RS. O crédito estará disponível via operadores, como as cooperativas de crédito, Banrisul e BRDE.
Crédito Rural: haverá aporte adicional de R$ 600 milhões no Fundo de Garantia de Operações (FGO) para pequenos e médios produtores, viabilizando o acesso a crédito àqueles que não têm condições via Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf) e o Programa Nacional de Apoio ao Médio Produtor Rural (Pronamp).
O Governo Federal prorrogou por no mínimo três meses os prazos de recolhimento de tributos federais e Simples Nacional, e a dispensa da apresentação da Certidão Negativa de Débitos para facilitar o acesso ao crédito em instituições financeiras públicas.