Para onde caminha o futuro da psicologia organizacional?
Publicado em 24/09/2022
Escrito por: Comunicação Atitus
Área está em ascensão, e é responsável não só pela saúde de funcionários como também das organizações
O mundo está em constante movimento. Tudo tem mudado e se transformado numa velocidade nunca vista antes: acesso a informações e tecnologias, novos métodos de trabalho e de conexões.
Consequentemente, o mercado vem se adaptando às novas demandas que têm surgido, colocando o ser humano em evidência, assumindo um papel central nesse processo relacional e de pós-pandemia.
Dentro do mundo organizacional vem se falando cada vez mais sobre a economia da experiência, que nada mais é do que o alinhamento das expectativas dos colaboradores, voltado para onde as pessoas querem que as suas necessidades e os seus desejos sejam atendidos, por meio de uma experiência muito satisfatória.
Cada vez mais, empresas estão apostando em ferramentas para que o colaborador reflita positivamente no negócio, sendo que o ato de cuidar de pessoas tem se tornado uma prática que vem crescendo dentro do ambiente corporativo.
Isso acontece porque, além de promover o desenvolvimento da organização como um todo, harmoniza a vida profissional e pessoal dos agentes que fazem as empresas funcionarem no dia a dia.
“As organizações estão apostando cada vez mais em práticas que otimizem o reflexo do trabalho dos colaboradores nos resultados esperados. E um dos principais desafios da atualidade, dentro das empresas, é saber lidar com pessoas e fornecer subsídios para que elas cresçam e se desenvolvam em suas carreiras”, explica Cheila Cadore, Assessora de Gestão de Pessoas do Sicredi Ibiraiaras RS/MG.
Mas, e qual o papel do psicólogo no contexto organizacional e do trabalho? Você sabe? Quem conta é a Especialista em Gestão de Pessoas da Atitus, Julia Testa Andric. “Muitas pessoas ainda acreditam que o trabalho do psicólogo organizacional está relacionado apenas ao recrutamento e seleção, e na verdade, vai muito além disso. A atuação desse profissional pode se dar de diversas formas, dentre elas, o desenvolvimento e o treinamento dos colaboradores, a cultura e o clima organizacional, cargos, salários, benefícios, programas de sucessão, entre diversas outras oportunidades”, comenta.
Cheila destaca que o olhar para o ser humano, para as pessoas, para o atendimento das pessoas e das suas necessidades vem se destacando cada vez mais. “Nós, como profissionais formados em Psicologia, trabalhando com psicologia organizacional, que temos esse olhar muito voltado para o ser humano dentro do ambiente de trabalho, também refletimos muito em relação à forma de apoiar essas pessoas para que elas consigam acompanhar todas essas mudanças. O conhecimento que é necessário para as atividades também vem num processo de mudança, e os colaboradores precisarão se requalificar. A psicologia organizacional e a área de gestão de pessoas vão ter um papel fundamental para o desenvolvimento das pessoas com esse olhar, muito voltado para o bem-estar das pessoas e para o desenvolvimento humano”, complementa.
Desafios
Uma realidade frequentemente observada é que, quando se busca por novos profissionais, existe uma dificuldade: sobram vagas e faltam pessoas capacitadas. Cheila explica que, não raro, o cerne desse problema está na falta de experiência ou na falta de qualificação dos candidatos ou, ainda, no fato de que empresas buscam um profissional que esteja “mais pronto para o mercado”, o que acaba dificultando o processo de seleção e se tornando um grande desafio para as corporações.
Nesse sentido, o psicólogo organizacional atua frente ao principal recurso das empresas: o ser humano. “Junto dessas pessoas, esse profissional ajuda os indivíduos a se descobrirem, a crescerem e a desenvolverem o seu potencial. O principal desafio que ele vai encontrar é conciliar as necessidades da empresa, com as necessidades do colaborador, até chegar em um ponto de equilíbrio, que muitas vezes, acaba não sendo uma tarefa tão simples”, conta Júlia.
Em instituições como o Sicredi, por exemplo, existem alguns processos voltados para o desenvolvimento de pessoas, que inicia basicamente em programas de estágio. “O estágio acaba sendo uma alternativa muito interessante, tanto para empresas como também para as pessoas que têm o objetivo de se posicionar no mercado de trabalho, porque é uma oportunidade de aprendizado, de conhecer mais sobre as empresas e instituições, e de realmente se preparar para uma oportunidade futura que possa estar surgindo”, pontua a Assessora de Gestão de Pessoas. Ela ainda frisa que é importante estar atento a esse olhar, e que é uma oportunidade de desenvolvimento e que pode ser o início promissor de uma trajetória profissional.
Outro ponto comum aos profissionais que atuam nos processos de seleção, conforme Cheila identifica na sua rotina como psicóloga organizacional, é a observação não só das competências técnicas, como também uma atenção maior para as competências comportamentais.
“Esse conjunto, do olhar para as competências técnicas e para as competências comportamentais, vem sendo priorizado com uma intensidade nos nossos processos. Com todas essas mudanças que vem acontecendo, os profissionais que tiverem como característica essa capacidade de adaptação, e esse potencial para aprender, desaprender, e aprender novamente, estarão à frente dos demais no mercado, a partir de todas essas mudanças que vêm acontecendo no mundo do trabalho”, pondera.
“Um dos grandes desafios para quem atua na área da psicologia organizacional junto às pessoas, é realmente dar um suporte para as pessoas que constroem esse caminho de um ambiente de trabalho cada vez mais satisfatório. Trazer esse sentido maior entre o indivíduo e a instituição, e uma conexão entre o propósito e a felicidade, é o que as pessoas buscam nas suas vidas e é o papel fundamental dos profissionais da área para o cenário trabalhista do futuro”, esclarece Cheila.
Oportunidades e potencialidades
Para aqueles que escolheram a Psicologia como profissão, a área organizacional é, de fato, um conjunto de diversas possibilidades. Com a ampla atuação junto à empresas e corporações, o cenário para este segmento profissional está em ascensão, e pode ganhar ainda mais espaço no mercado.
“A psicologia organizacional vem construindo o seu espaço há algum tempo e, hoje, existem muitas oportunidades nesta área. Por isso, é preciso fazer conhecido o seu papel, a sua prática, e a importância desta função dentro das empresas. A exigência do mundo corporativo está cada dia maior, considerando as entregas de qualidade que precisam ser feitas para o atingimento dos resultados. Desta forma, poder contar com um profissional da psicologia dentro das organizações, para apoiar no desenvolvimento de suas equipes e na manutenção de um clima saudável de trabalho, vai fazer toda a diferença na produtividade desses colaboradores”, frisa Julia.
Entre as potencialidades para quem atua na área da psicologia organizacional, está o trabalho com o desenvolvimento de equipes, alinhamentos de expectativas e propósitos de todos os agentes que integram as empresas na atualidade.
“A gente vem percebendo que as pessoas vêm buscando no seu trabalho algo muito além do que um emprego para pagar suas contas e atender as suas necessidades básicas. As pessoas buscam uma realização, tanto na carreira como na sua vida pessoal também. Se percebe uma busca e um sentido maior pelo trabalho, e a psicologia organizacional pode trazer essa conexão entre o propósito da pessoa, do indivíduo, e a organização, a instituição. É essa conexão que vai realmente trazer uma felicidade e uma satisfação real para os profissionais. Então, aqueles que escolhem atuar com a psicologia organizacional terão uma oportunidade ainda maior de apoiar tanto os líderes, como as pessoas e as equipes, no seu desenvolvimento, entendendo cada ser em sua individualidade, podendo auxiliar o despertar do potencial que existe dentro de cada pessoa e, principalmente, buscando esse engajamento entre as pessoas, entre o sentido do trabalho. Consequentemente, essas pessoas vão conseguir realmente atingir essa realização pessoal e profissional e alcançar uma felicidade maior. A pessoa vai estar bem, vai estar feliz, e a instituição terá um retorno ainda maior no desempenho dessas em relação ao seu trabalho”, contextualiza Cheila.
Se você está na dúvida sobre qual caminho seguir dentro da psicologia, esperamos que esse conteúdo tenha lhe ajudado a esclarecer sobre para onde caminha o futuro dessa profissão.
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