Pesquisa do Mestrado em Arquitetura e Urbanismo da Atitus desenvolve a aprendizagem criativa na prática

Mais de 50 alunos da Escola Estadual de Ensino Fundamental Monte Castelo participaram, na última semana, do 4º Workshop da pesquisa “Codesign no ambiente escolar: aprendizagem criativa com o uso da fabricação digital e prototipagem”, desenvolvida no Mestrado em Arquitetura e Urbanismo da Atitus, por meio do Núcleo de Inovação e Tecnologia em Arquitetura e Urbanismo (NITAU).

Ao todo, a pesquisa prevê oito encontros presenciais com estudantes na primeira etapa. A meta é impactar 200 crianças de 4 a 10 anos na pesquisa, que abrange o estudo da criatividade e do pensamento computacional nos três ambientes de ensino: formal (escola), informal (aulas da Missão Maker por meio da startup Missão Criativa) e não formal (casa).

“Os workshops envolvem brinquedos a construir, que fazem pensar e que usam fabricação digital na sua confecção. Com os brinquedos, são trabalhados a lógica e a computação desplugada e, principalmente, a criatividade e habilidades empreendedoras e escassas na geração Alpha como concentração, foco e como lidar com a frustração”, explica a pesquisadora Andréa Quadrado Mussi.

A metodologia da pesquisa envolve pré-workshops, onde os alunos criam livremente brinquedos a partir de um kit de peças fabricadas digitalmente. Cada criação é analisada quanto a critérios pré estabelecidos relacionados a forma/estética, função e originalidade. Após os workshops, os participantes criam novamente para que seja averiguado o quanto o entendimento das novas montagens e as conexões entre as peças de papelão impactam na criação final.

Já para mensurar o pensamento computacional, uma série de questões relacionadas à sequência lógica (computação desplugada) são compartilhadas com os alunos pré-workshop e reaplicadas após a atividade.

Segundo a pesquisadora, a avaliação das competências e habilidades desenvolvidas ocorre pela aplicação antes e depois da sequência de workshops realizados nos diversos ambientes de ensino aprendizagem, do Teste de pensamento computacional denominado BCTt: Beginners Computational Thinking e do Teste de criatividade baseado no Consensual Assessment Technique (CAT).

Os brinquedos são todos de papelão ou PLA biodegradável, projetados no computador e fabricados em equipamentos como cortadora a laser e impressora 3D. “Os brinquedos vem sendo criados desde 2017, com os testes de materiais das pesquisas e ações extensionistas, tendo a produção e disseminação intensificadas em 2019 até o momento, em workshops com escolas parceiras como a Escola Notre Dame Menino Jesus e o Colégio Notre Dame e a comunidade”, conta Andréa.

Além dos resultados positivos, a pesquisa também já conquistou premiações e incentivos, como a criação da startup de impacto social Missão Criativa, a aprovação de projetos de pesquisa na FAPERGS e no CNPq, de incentivo à inovação na startup, com a inserção das pesquisadoras Luísa Deon e Luísa Silva, egressas do mestrado em Arquitetura e Urbanismo e participantes do grupo de pesquisa NITAU (Núcleo de Inovação e Tecnologia em Arquitetura e Urbanismo) do Mestrado em Arquitetura e Urbanismo da Atitus.

A equipe também agregou mais pesquisadores da Atitus, como os professores doutores Amilton Martins do InovaEdu e Camila Oliveira, do Mestrado em Psicologia, além de bolsistas de Iniciação Tecnológica da Atitus, somado a alunos da Arquitetura e Urbanismo e da Psicologia, que serão juízes nos instrumentos de criatividade e pensamento computacional delineados. A pesquisa é aprovada no Comitê de Ética em Pesquisa (CEP) e possui consentimento de todos os envolvidos.