Em encontro com a direção da tradicional escola pública de Porto Alegre, Atitus inicia diálogo para incluir a instituição em ações de pré-graduação

Passado um ano da enchente que se revelou a maior tragédia climática do Rio Grande do Sul, a diretora da unidade de Porto Alegre da Atitus Educação, Bárbara Costa, visitou na quarta-feira (7) a tradicional Escola Técnica Estadual Parobé, localizada no bairro Cidade Baixa. A instituição, que atende aproximadamente 2.500 alunos, foi uma das centenas fortemente afetadas pela invasão das águas.

Bárbara foi recepcionada pela diretora em exercício, Débora Dutra Borges, pela vice-diretora Luciara Martins Goulart, e pela professora Gleci Bastos, que compartilharam a experiência de limpeza e reconstrução da instituição com a ajuda de alunos, pais, professores e entidades parceiras.

Bárbara (E), Débora e Luciara no pátio da ETE Parobé, que estava submerso há exatamente um ano

“Diante da pouca estrutura recebida oficialmente, começamos a enviar ofícios para universidades, tribunais e parceiros em busca de ajuda, porque precisávamos de mobília, materiais e, principalmente, maquinário para retomar o ensino técnico”, relata Débora.

Como resultado desse esforço, a ETE Parobé foi escolhida para receber uma doação de mobiliário escolar da Atitus, realizada em fevereiro deste ano. Foram repassados à instituição 17 cadeiras de escritório, 50 cadeiras escolares com braço, 2 mesas de professor, 26 mesas de desenho técnico e outros móveis, como portas, bancadas de laboratório e pufes.

Os equipamentos já estão em uso, distribuídos pelos dez pavilhões da escola, situada às margens da Avenida Loureiro da Silva.

Uma das salas de aula do ETE Parobé que receberam doação de mobiliário da Atitus

“Além de uma ajuda efetiva, o gesto simboliza nosso compromisso com a reconstrução da educação no Rio Grande do Sul. Acreditamos que apoiar escolas como o Parobé é também investir no futuro dos jovens e no fortalecimento da rede pública de ensino técnico”, afirma Bárbara.

Fundada em 1906 pelo engenheiro João José Pereira Parobé, a ETE Parobé é uma das instituições de ensino mais antigas e tradicionais do estado, sempre com foco principal na formação técnica.

Mesmo após um ano da enchente, a escola ainda enfrenta desafios: falta de maquinário danificado pela enchente, excesso de umidade e até os efeitos da limpeza pesada, como danos causados pelos jatos d’água na pintura das paredes.

Débora, diretora em exercício do ETE Parobé, mostra a altura da água na térreo da escola e os danos na pintura após a limpeza

As aulas foram retomadas entre julho e agosto do ano passado, em meio ao processo de limpeza, com o apoio ativo de alunos e professores — muitos deles também afetados pela tragédia. Durante quatro meses, a escola funcionou com o auxílio de geradores, devido à ausência de energia elétrica.

A visita da Atitus à ETE Parobé também marcou o início de um diálogo para inserir a escola no calendário de ações de pré-graduação da instituição de ensino superior. O objetivo é aproximar os alunos dos ensinos médio e técnico de possibilidades de formação acadêmica e empreendedora.

Bárbara, diretora da unidade Porto Alegre (D), e equipe do ETE Parobé em um dos laboratórios reformados após enchente